quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A política que não é política

Blog Carlos Damião ; 28/1/2009

Está muito pesado o clima entre os vereadores de Florianópolis, por conta do mandonismo externo. Nunca a imagem da Câmara foi tão vilipendiada. Nunca uma mesa diretora se submeteu de tal forma a influências de caciques estranhos ao seu mundo.
E a pior das lições que podemos registrar: ainda não saímos do ambiente da Moeda Verde. A Câmara, apesar da suposta renovação, continua com os mesmos vícios, a mesma coisa encardida de misturar interesses privados aos interesses públicos. Como bem lembrou o Guilherme num comentário, a cidade elegeu oito parlamentares governistas e oito oposicionistas. Um equilíbrio perfeito, uma composição democrática, um espelho perfeito da sociedade florianopolitana — que, nas urnas, também se dividiu quanto à escolha do prefeito, com ligeira vantagem para Dário Berger. Eu, como cidadão florianopolitano, que amo minha cidade, que quero o melhor para ela, inclusive o desenvolvimento baseado em parâmetros ambientais, econômicos e sociais, estou indignado com tudo o que acontece na Câmara. Não que os projetos não sejam relevantes para a cidade. Mas tudo precisa ser discutido exaustivamente, até o limite da razão, acima do vazio da subserviência. Votar matérias importantes a toque de caixa, sem que elas tenham sido debatidas de forma transparente e honesta é, sinceramente, o pior sintoma da podridão, do desmoronamento ético, da desavergonhada submissão.

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